O músico angolano Fernando Lucas da
Silva “Robertinho” foi detido nesta terça-feira, 08, no Aeroporto 4 de
Fevereiro, quando supostamente tentava entrar para o País com 3 kgs de
Cocaína proveniente do Brasil.
A informação é avançada por fontes
policiais que confirmam a detenção do músico nas celas do Serviço de
Investigação Criminal, tendo sido submetido hoje, quarta-feira, 09, a um
primeiro interrogatório pelos agentes do SIC para o apuramento dos
factos. Em sua defesa, Robertinho alega que as malas que continham a
droga não lhe pertencem, argumentando que alguém no Brasil solicitou-lhe
ajuda para que o músico pudesse trazer as malas a Angola.
Segundo a fonte do Correio da Kianda,
duas malas provenientes do Brasil não foram recuperadas pelos
passageiros no Aeroporto 4 de Fevereiro, sendo de seguida remetidas a
secção dos perdidos e achados. Neste gabinete, já com ajuda de cães
farejadores, os agentes da polícia descobriram que as duas malas
continham substâncias suspeitas, tendo de seguida se comprovado
tratar-se de droga. Diligências feitas, chegou-se a conclusão que
Robertinho era o portador das referidas malas, o que se comprovou com o
seu depoimento já na condição de detido.
A confirmar-se o crime (as investigações decorrem), a Polícia poderá pronunciar-se sobre o assunto nos próximos dias.
Nascido
na província de Malange, no município do Quessua, Robertinho começou a
sua carreira artistica como corista e instrumentista, tocando dikanza.
David Zé, Urbano de Castro e Artur Nunes eram os vocalistas; Babulo,
baterista; Hidelbrando José Cunha, viola solo; Nanuto tocava Clarinete;
Habana Maior, tumbas; Luís António, saxofone; e Zeca Pilhas Secas, viola
baixo.
A
carreira de Robertinho ficou marcada pelo grande espectáculo em que
participou, já a solo, no Brasil, denominado “Canto livre de Angola”.
“Além do Brasil, teve a oportunidade de participar em vários
espectáculos em países da Europa, como Alemanha, ex-União das Repúblicas
Socialistas Soviéticas (URSS) e Portugal. Em África, fui a São Tomé e
Príncipe e Moçambique, no final dos anos 80 e princípio de 1990”.
FONTE: CORREIO DA KIANDA